MAIS QUE DIPLOMA.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Crônicas - O Travesseiro Maldito

Dando continuidade a série "Crônicas", é a vez de André Rossi mostrar uma crônica produzida para as aulas da Vadinea. Confira abaixo a história de "O Travesseiro Maldito".

Era quase meia noite e David ainda insistia naquela fase. Será que aquela estrutura não cairia nunca? Estava com seu Angry Bird favorito, que costumava chamar de “bird-bomb”. O efeito explosivo daquela ave lhe agradava – e muito! Quando estava finalmente chegando perto de destruir a estrutura e aniquilar o último malvado porco verde, seu querido celular o deixou na mão e sua bateria foi totalmente descarregada. “Maldição. Devia ter investido em um iPhone”, pensou ele, colocando com raiva o carregador no aparelho. Tendo que acordar às 5h da matina no dia seguinte, concluiu que deveria ir para a cama.

Contudo, ao sair da pequena sala de seu apartamento alugado em direção ao quarto, reparou no grande pacote em cima da pequena mesa de refeições que havia chegado à tarde pelo Correio e que ele não havia tido tempo para abrir. O remetente, para desespero de David, era sua mãe. Será que se tratava de mais algum conjunto de banho daquela amiga dela que só vendia produtos indicados para velhos e senhoras de meia idade? Poxa vida, ele já era um Mochileiro experiente e tinha sua toalha preferida, não precisava de mais nada do gênero. Porém, a embalagem era leve demais. Intrigado, David sacou o canivete que guardava na gaveta do armário da cozinha e abriu o pacote de papelão rapidamente.

“Travesseiro? Valeu, Mãe. Só tenho 4 aqui em casa mesmo, precisava de mais um...” bufou o rapaz, agora proprietário de 5 travesseiros.

Entrou no quarto, jogou o novo travesseiro na cama para que se familiarizasse com seus semelhantes, encobrindo a face encapuzada do Batman que ilustrava a colcha da cama. Após vestir seu pijama listrado em azul a branco, foi para baixo das cobertas, ajeitando-se com seus travesseiros. O novato da turma, para sua surpresa, era extremamente macio e confortável. “Por que não?”, pensou David, substituindo o travesseiro no qual apoiava sua cabeça e havia apelidado de Babão pelo Buzz Lightyear da parada.

Sem muito esforço, David caiu no sono. Durante seus sonhos, alguém que ele não conseguia identificar tentava sufoca-lo com um travesseiro. Desesperado, tentava agitar seu corpo, empurrar a pessoa para longe... mas não conseguia, seu corpo não obedecia. Foi então que, inesperadamente, David abriu seus olhos e sentiu uma presença macia e terrivelmente pesada sobre seu globo ocular: o travesseiro está me sufocando?

Em um impulso violento, David jogou o travesseiro longe e ficou parado em pé ao lado da cama, fitando o criminoso objeto jogado no chão. Respirava com dificuldade e não conseguia assimilar o que estava acontecendo de fato. E agora, o que fazer?

Com cuidado, pulou o travesseiro que se encontrava caído perto da porta e foi até a sala. Ligou o monitor do computador que deixará ligado e postou no twitter: “Gente, meu travesseiro tentou me sufocar!!! E agora, o que faço? #meajuda #morrediabo”. Como consequência de seu pedido de socorro, dezenas de RT’s ironizando o acontecido apareceram na Timeline de David. Tentou por duas vezes explicar o que estava acontecendo, mas ninguém acreditava nele.  Desesperado, tentou ligar para sua mãe. Ela não atendia. “Aff, me manda o travesseiro do Demônio e não atende ao telefone para ouvir o filho morrer!” bradava o rapaz amedrontado.

Com cautela, foi até a cozinha e ficou parado há mais ou menos 5 metros da porta de seu quarto, onde o travesseiro assassino estava localizado; a perigosa forma retangular revestida de algodão parecia fitar-lhe provocantemente, como se dissesse: “Vem tirar um sonequinha aqui... descansa a cabeçinha em mim... vai ser gostoso”. David estapeou a própria face para afastar o pensamento. “O travesseiro está me seduzindo?”

De fato, o rapaz estava com uma vontade imensa de descansar a cabeça sobre o confortável travesseiro, afinal teve um dia tão longo... merecia descansar. Começou a caminhar em direção à porta. Quando estava há centímetros do travesseiro, uma imagem veio a sua mente. O pôster do filme “Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas” que era ilustrado por Sereias. “MEU DEUS! O TRAVESSEIRO É UMA SEREIA!!!” bradou o rapaz, que se afastou bruscamente do travesseiro. Foi até a cozinha, pegou uma grande sacola de compras da Comic Com de 2010 e aprisionou a Sereia quadrada.

Desceu as escadas do prédio, saiu correndo pela portaria sem ao menos olhar para o porteiro (que assistia tranquilamente o Jornal da Globo enquanto tomava um cafezinho) e começou a percorrer tal qual o Flash  toda a extensão da rua Barão de Iguape. Subiu a direita na rua Galvão Bueno, andou uma quadra e chegou à Delegacia Geral da Polícia Civil.

Conversou com o delegado, explicou a situação e mostrou a sacola na qual aprisionara a ameaça. Matias, o delegado, fitou com um olhar cômico a sacola e a abriu, ignorando as recomendações histéricas de David para que não fizesse aquilo.

Após abafar um riso, fechou a sacola, se esforçou para fazer a expressão mais séria possível e disse: “Fique tranquilo, David. Vamos enquadrar esse travesseiro meliante e garanto para você que ele verá o sol nascer quadrado para o resto de sua vida”.

David tentou explicar ao delegado que talvez fosse melhor chamar um exorcista para expulsar o demônio do travesseiro, mas Matias amenizou a situação dizendo que tudo ficaria bem e que ele mesmo se encarregaria de resolver o problema. Relutante, David deixou a delegacia. Ao final de seu expediente, por volta das 5h da manhã, o delegado Matias deixou a delegacia levando consigo o travesseiro novo que tinha ganhado graças à mente perturbada de um nerd abobado.

Durante todo dia, David ficou pensando em como o delegado daria um fim no travesseiro. À noite, dormiu muitíssimo bem e quase esqueceu do assunto. Na manhã do dia seguinte, tomou seu café da manhã agradavelmente, arrumou sua mochila e saiu para o trabalho. Como David trabalhava com programação de computadores, sempre passava pela banca de jornal que ficava próxima ao ponto de ônibus para comprar alguma revista sobre o assunto. Apesar de saber que não haveria nenhum lançamento esse dia, parou na banca para comprar chicletes. Já estava deixando a banca quando se deparou com a manchete do jornal Folha de S. Paulo: “Delegado e esposa são encontrados asfixiados em sua casa”, seguido da linha fina: “Suspeita-se que o assassinato tenha sido cometido com os travesseiros do casal”, seguido da foto do delegado Matias com a esposa Jaqueline em uma mesa de bar.

A única reação de David foi pronunciar em voz baixa: “Puta que p....”.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Entrevista com Gustavo Duarte no Humor Gráfico


Texto de André Rossi

Na sexta-feira passada, dia 10 de junho de 2011, ocorreu na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba – Campus Taquaral) o evento "Mesa Redonda: Humor Gráfico Design e Jornalismo", com os palestrantes Eduardo Baptistão (ilustrador do Estadão), Dalcio Machado (ilustrador da Veja) e Gustavo Duarte (ilustrador do Lance). Jean Galvão, ilustrador da Folha de S. Paulo e da revista Recreio não pode comparecer por problemas pessoais.

O evento foi iniciado com a apresentação dos três palestrantes seguida de um pequeno portfólio sobre cada um deles. Os “Jornalistas de Chico”, André Rossi e Luis Capucci, bateram um papo especial com o ilustrador Gustavo Duarte durante e após o evento, conversando sobre sua recente HQ, “Taxi”, como ele resolveu migrar da charge para os quadrinhos, sua próxima HQ e os super herois que ele mais gosta. Confira abaixo:
Luis Capucci, Gustavo Duarte e André Rossi


André e Luis: Como foi sua passagem da charge para os quadrinhos?

Gustavo: Desde moleque eu sempre quis fazer história em quadrinhos. Curtia charge, cartoon e história em quadrinhos. É até meio claro nos meus desenhos a minha influência de desenho animado e histórias em quadrinhos. Desde que eu comecei tinha influência não somente de Ziraldo, por exemplo, mas também de quadrinhos da Marvel, Laerte... então é realmente algo que eu sempre quis fazer. Porém, fazer quadrinhos é um trabalho do inferno! Acostumei-me a fazer charges e 5 horas depois ela já ser publicada no jornal. Agora, eu passo um dia todo para fazer uma página em quadrinhos. A “Có”, que foi minha primeira HQ, demorou uns 3 anos para ficar pronta. Mas tive que parar, sentar e fazer até sentir que estava preparado. Não sentia que estava totalmente preparado, mas deu certo. Todos exemplares foram vendidos e até recebi o prêmio de  Desenhista Revelação do Troféu HQ Mix por ela.
Mas isso é só o começo de uma história que eu sempre quis ter, mas tenho muito para aprender.


André e Luis: Como foi a divulgação da “Taxi”?
"Taxi", 2ª HQ de Gustavo Duarte


Gustavo: A “Taxi” foi minha 2ª HQ e tudo aconteceu mais fácil. Como a “Có” foi um sucesso, algumas lojas já vieram atrás de mim quando eu anunciei que lançaria uma nova HQ. A procura pelo meu produto aumentou muito aqui no Brasil e no mercado lá fora, tanto que o lançamento da “Taxi” foi em uma convenção em Nova York. Lá ela vendeu cerca de 400 exemplares. Depois vim para cá, fiz lançamento em São Paulo, Bauru e na Convenção do Rio. Ainda é possível encontrar a “Taxi” em algumas lojas de Bauru e no site da Comix, mas estou preparando uma nova edição dessa HQ para agosto, junto com o lançamento do meu novo trabalho.


André e Luis: Sobre a sua nova HQ, você pode adiantar alguma coisa para nós?


Gustavo: É uma história de dois pássaros e a morte. É uma história meio de terror... não é “terror”, mas tem muito sangue. Comecei ontem a desenhar a parte do sangue, daí minha namorada chegou em casa e falou “Nossa, uma faca!” [risos]. Vai ser mais pesada, mas nada do tipo “sinistro”.


André e Luis: Você citou a Marvel como influência. Qual é o seu personagem favorito?


Gustavo: Gostava muito do Homem-Aranha. Gostava bastante do Hulk quando ele era burro. Ele chegava e falava “Hulk esmaga” e pow, batia no chão. Era muito bacana também uma graphic novel dele com o Coisa, do Quarteto Fantástico. Se eu fosse desenhar alguma coisa da Marvel não seria nem o Homem-Aranha, seria o Hulk. Também gostava de uma fase do Wolwerine, que hoje em dia é mais cool né, mas o Homem-Aranha é do coração mesmo.


André e Luis: Já que você gosta do Homem-Aranha, o que você está esperando do novo filme? Acha que vai para frente essa ideia de recomeçar a história?


Gustavo: Olha, eu gostei muito do primeiro filme porque tinha coisas nele que eu imaginava que realmente iria acontecer com um adolescente normal que adquiri poderes de aranha. Ele ia cair algumas vezes, ia ter problemas para sair a teia e tal. Mas em relação a esse novo filme eu não sei... começar tudo de novo sendo que não terminou um arco de história já apresentado para o público... mas sei lá, vamos torcer para dar tudo certo com esse novo filme do Homem-Aranha.

Em outro momento do evento, André e Luis conversaram com o palestrante Dalcio Machado, que adiantou para Os Jornalistas de Chico que lançará ainda esse ano seu primeiro livro infantil intitulado "Não brinque com a comida". A sinopse não foi divulgada.

Da esq. para a dir: Gustavo Belofardi, Eduardo Baptistão, Dalcio Machado, Matheus Nicolau, Luis Capucci, André Rossi e Romeu Neto. 

Cartunistas se apresentam na Unimep Taquaral de Piracicaba.



Em parceria com o Salão Universitário de Humor, aconteceu na última sexta-feira (10) o “Humor Gráfico, Design e Jornalismo” em mais um evento de muitos que a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) promove para os seus alunos e professores. A palestra foi transmitido ao vivo pela TV - Unimep.
O evento aconteceu no auditório Verde do Campus Taquaral, dentro da própria Unimep e teve a presença de três grandes Cartunistas do nosso Brasil, Dalcio Machado da Revista Veja, Eduardo Baptista do Jornal O Estado de S. Paulo e Gustavo Duarte do Jornal Lance.
Por problemas particulares, o cartunista Jean Galvão do Jornal Folha de São Paulo não pode estar presente.
Durante a palestra, os alunos puderam fazer perguntas e tirar suas duvidas sobre a vida e a carreira dos cartunistas.
O cartunista Dalcio Machado falou durante o evento que o mais importante para você crescer na vida é estudando. "O chargista que estuda e se detica no que faz, irá crescer com o tempo" afirmou o cartunista. 
Gustavo Duarte afirmou que nunca sofreu ameaça por fazer charges de pessoas importantes. "Ameaças eu nunca sofri, porém, já fui proibido pelo meu editor de não expor minha obra, pois isso poderia causar um processo a mim futuramente". disse o cartunista.
Já Eduardo Baptistão afirmou que foi obrigado a aprender a utilizar os novos programas de computador para não ficar para trás dos outros cartunistas e comentou sobre as novas técnologias. "A tecnologia  tem o seu  lado bom e seu  lado ruim, o lado bom são os varios  programas e  isso  facilita no nosso trabalho" diz o cartunista.
O público presente acabou saindo satisfeito do evento, pois observaram e admiraram grandes charges e caricaturas.
No final da palestra, entraram em ação “Os Jornalistas de Chico” que é composto por Renato Evangelista, Romeu Neto, Luis Capucci, André Rossi, Matheus Nicolau e Gustavo Belofardi. Os estudantes de jornalismo do 1º semestre tiveram contato com os palestrantes e realizaram várias perguntas, no final, eles tiraram fotos e ganharam autógrafos.

Romeu Neto e Eduardo Baptistão após o evento
Profº Paulo Roberto Botão prestigiou o evento 
       
Gustavo Duarte e Gustavo Belofardi


Por Gustavo Belofardi


Entrevista

Felipe Pio é formado em cinema pela FAAP em 2001. É produtor Free Lancer, mas atualmente trabalha na produtora Delicatessen Filmes.


1) Qual é a função de um produtor?
Viabilizar a realização de um projeto criativo audiovisual, organizando e gerenciando todo o projeto. Isso inclui orçamento do projeto para a captação de verbas através de leis de incentivo e obtenção de patrocínio, após a aprovação e captação do dinheiro o produtor gerencia esse orçamento para que o projeto caiba dentro dele. Durante a pré-produção faz parte da função do produtor contratar toda equipe, equipamento, transporte, alimentação além de coordenar toda a demanda dos outros departamentos como direção de arte, direção de fotografia, direção geral etc., dando suporte e infraestrutura para que cada departamento possa trabalhar em cima do que foi criado. Durante os dias de filmagem (produção) toda a equipe de produção cuida para que o set de filmagem siga tranquilamente, organizamos a chegada da equipe, alimentação, segurança, logística de deslocamento e mudanças de set, preparação de cada set para filmagem, cuidamos para que tudo siga dentro do horário e para que não haja horas extras de equipe, além de resolver todo e qualquer imprevisto que venha surgir.
Após o produção vem a pós-produção (edição de imagem/ sonorização/ efeitos etc...) nesta fase existe um produtor especifico que se chama coordenador de pós-produção, nesses casos o produtor acompanha este processo junto com esse coordenador para que os prazos e os custos sejam respeitados. Essa descrição que fiz é mais para produção de longas metragens. Em filmes publicitários não existe a parte de captação de verbas, mas a parte de gerenciamento do filme é a mesma.

2) Como você veio a trabalhar com cinema/propaganda?
Após desistir da faculdade de odontologia depois de um ano de curso, resolvi seguir a carreira de meu pai, foi algo natural, pois sempre ouvi estórias de cinema dentro de casa, mesmo meu pai tendo parado com a carreira de cineasta quando eu tinha quatro anos, o cinema sempre esteve presente.

3) Qual é a dificuldade de trabalhar com cinema no Brasil?
A maior é conseguir dinheiro para realizar os projetos, cinema é caro e depende de muita gente para se fazer. Outra dificuldade é após a produção, conseguir exibir o filme.

4) Como você avalia o cinema brasileiro atual?
De boa qualidade e melhorando a cada ano. Temos ótimos profissionais, ótimas locações para se filmar, equipamentos de qualidade e com o aumento do número de produções estamos conseguindo melhorar a qualidade artísticas e estética dos filmes. Em cinema quantidade gera qualidade, pois cinema se aprende na prática, fazendo e a cada filme você aprende com seus erros e melhora no próximo. Não podemos parar de produzir.

5) Quais são seus próximos projetos?
    Após fazer a direção de produção de dois longa metragens, Cabeça a Prêmio (direção Marco Ricca, já disponível em DVD) e O Natimorto (direção Paulo Macline, que estreia esta semana nos cinemas) vou continuar a me dedicar a produzir filme publicitários, este ano o mercado publicitário esta bem aquecido e aqui na produtora, Delicatessen Filmes, temos muitos filmes pra fazer. 

                                                                        Por Luis Capucci

Crônicas

Começamos aqui a série ''Crônicas'',em que os membros desse blog mostram algumas das crônicas feitas para as aulas da professora Vádinea.


Um Dia de Fúria
Marcos era um homem mirrado de 45 cinco anos e sinais de calvície já começavam a aparecer, talvez em função dos já a doze de trabalho na CPFL.  Ele odiava tudo no trabalho (principalmente o patrão), mas apesar disso era um bom funcionário.
Era uma Segunda de manhã, úmida e terrível com todas as segundas. O dia já começou ruim para Marcos, quando este discutiu com a esposa e levou a pior como de costume (teria que pegar as crianças na escola naquele dia).
Com isso, já chegou irritado ao trabalho. Então surgiu o chefe, Seu Geraldo, balofo e cheirando a cigarro como de costume e pedindo que ele fosse fazer uma manutenção de linha em Santa Bárbara D’Oeste. Como era um trabalho demorado falou que não daria tempo dele voltar para Sumaré buscar seus filhos na escola. O chefe não deu importância.
Saiu com raiva e no caminho enquanto discutia com a esposa ao telefone, quase atropelou um motoqueiro. Este, com raiva, revidou e quebrou o retrovisor do carro da empresa. Conhecendo Seu Geraldo como ele conhecia, sabia que o patrão descontaria aquele dano ao carro do seu salário (na verdade descontaria muito mais que o necessário).
Vermelho de ódio chegou a Santa Bárbara e começou a fazer seu serviço. Que durou ainda mais do que ele imaginava. Estava quase indo embora quando avistou algo brilhante do lado da rodovia. Foi ver o que era. No começo não reconheceu pensou se tratar de um brinquedo, depois percebeu que não. Tinha forma ogival, cerca de 50 centímetros de comprimento... Meu deus era um míssil!
Então uma ideia surgiu na mente de Marcos:
-E seu levar esse míssil para empresa? Daí eles vão ver. O Seu Geraldo vai ver quem manda. Não deve ser muito difícil explodir essa coisa.
O caminho de volta para Sumaré foi tenso. Marcos temia que o míssil explodisse no seu carro. A morte aparecia ao seu lado em todo buraco ou lombada.
Então ele finalmente chegou a Sumaré, especificamente na Rua Amazonas. Entrou no prédio da CPFl e cumprimentou Soninha, a secretária, como sempre fazia. Passou pelo chefe carrancudo. Levava o míssil em uma bolsa que havia encontrado no carro.
Sentou-se em uma mesa. Seu coração batia forte como nunca antes. Pegou um livro. Analisou se era pesado o suficiente e decidiu que sim. Bateria no míssil com ele.
-Deve ser o suficiente para explodi-lo – Pensou Marcos
Sua mão dizia que sim. Sua consciência lhe dizia que não. Quando estava prestes a bater com o livro no objeto explosivo, uma imagem dos filhos lhe veio à mente e então ele parou.
Decidiu que não faria mais aquilo Mostrou o objeto a Seu Geraldo, que ficou horrorizado. Disse que pensava que era um brinquedo. O Gate logo foi convocado e uma operação gigantesca foi realizada, sendo que dois quarteirões o foram interditados para retirada do objeto. Durante todo o procedimento foi chamado de idiota por Seu Geraldo, Soninha, demais companheiros de trabalho e até alguns membros do Gate.
Ao voltar para casa, foi chamado de idiota também por sua esposa. Mas não se importava, só queria ver os filhos. Abriu a porta do quarto deles com um sonoro:
-Meus Amo...
Quando percebeu o filho menor estava mordendo sua mão enquanto o mais velho chutava repetidas vezes sua canela e gritava:
-Seu idiota! Porque não buscou a gente na escola?
Naquele momento decidiu que voltaria para Santa Bárbara no dia seguinte pra ver se não encontrava outro “brinquedo”.
                                                                                                                  
                                                                                                                Por Luis Capucci

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Brasil busca "vingança" diante da Holanda

A Seleção Brasileira volta a atuar amanhã aqui no Brasil, a equipe do técnico Mano Meneses encara a seleção da Holanda, esse será o 1º amistoso do treinador aqui no Brasil. O jogo está marcado para às 16 horas no Estádio Serra Dourada em Goiânia.
A Seleção Holandesa vem embalada para esta partida, a equipe vem fazendo grande campanha nas Eliminatórias para a Eurocopa onde o time está invicto na competição. Já a Seleção Brasileira vem de duas derrotas em amistosos para Argentina e França e vem com "sede de vingança" diante da Holanda, o último duelo entre as duas equipes aconteceu na Copa do Mundo onde a Laranja Mecânica venceu pelo placar de 2 x 1 com gols do meia Wesley Sneijder.
Para esta partida, o técnico Mano Meneses praticamente definiu a equipe titular, ele optou por Fred e Neymar no ataque, recuando Robinho para atuar no meio ao lado de Elano. O restante é a mesma equipe que atuou nos últimos dois amistoso.
Na Holanda, o técnico Van Marwijk tem alguns desfalques para esta partida, o meia Wesley Sneijder e o goleiro Stekelemburg estão machucados e ficam de fora da partida.

Ficha Técnica

Brasil x Holanda

Data: 04/06/2011 - Sábado
Horário: 16 horas
Local: Serra Dourada, em Goiânia
Arbitro: Carlos Amarilla(Fifa-PAR)
Assitentes: Rodney Aquino e Cesar Franco(Fifa-PAR)
Brasil
Julio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Elano e Robinho; Neymar e Fred.
Técnico: Mano Meneses

Holanda
Krul; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Pieters; Strootman, Maduro, Robben e Kuyt (Afellay); Huntelaar e Van Persie.
Técnico: Bert Van Marwijk

Por Gustavo Belofardi

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Assim me tornei Elano" é lançado por Renato Evangelista

Renato autografa um de seus livros

No dia 20 de maio de 2011, no prédio da CEAC (Centro de Educação, Artes e Cultura) em Iracemapólis, houve a cerimônia de lançamento do livro ‘’Assim me tornei Elano: A história do futebol de Iracemapólis’’ do autor e aluno Renato Evangelista (que cursa o 1º semestre de jornalismo na UNIMEP e membro deste blog). Renato comentou os motivos que o levaram a escrever o livro, desde seu amor pelo futebol herdado do pai até a música “É uma Partida de Futebol” da banda Skank, que trata justamente do sonho que muitos brasileiros nutrem de se tornar um jogar de futebol. Durante a cerimônia, Renato presenteou algumas pessoas com o livro. Entre elas, a mãe do jogador Elano, dona Maria Blumer, que o representou. Outro presenteado com o livro foi o professor Rene Heflinger, antigo professor de educação física de Renato e “segundo pai”, como ele chamou em um momento emocionante da cerimônia.
No final uma surpresa, Elano surgiu em vídeo para dar apoio a Renato e agradecer pela homenagem. Depois da cerimônia, houve um coquetel e a distribuição dos livros para as pessoas presentes a um preço simbólico de R$ 5,00 (revertidos para obras sociais). Renato autografou os livros e posou para fotos.
Quem quiser adquirir o livro, ele estará à venda no CEAC de Iracemapólis que fica na Rua Duque de Caxias nº. 145 no Centro.
<><><><><> 
Elano




Dona Maria Blumer, mãe do Elano.






Renato e o Profº Rene Heflinger
Por Luis Cappucci e Gustavo Belofardi